segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Infusão de cores



Você sabe o que é uma camofa? Quem pensou em algo pejorativo se enganou. Camofa é "a desconstrução da figura Amélia, uma potência que impulsiona, não mais um querer omisso". Ou "do latim caco + morfa (forma), significa sem uma forma definida, podendo assim ser lapidada e tornar-se perfeita pelas mãos do artista-criador". Conheci duas camofas que me convidaram para tomar um delicioso chá. Explico: são Daya Gibeli e Thatiana Verthein, criadoras da grife online Chá Com Camofas. O que elas fazem? Camisetas com estampas exclusivas. Tá bom, você pode dizer que muita gente hoje faz estampas exclusivas. Mas estas realmente são especiais. Com um quê de pop art, elas se apropriam de uma multiplicidade de cores, combinadas em jogos e degradês que criam um efeito super moderno, um tanto psicodélico.

A coleção atual, recém-lançada, tem como tema mulheres-divas. Aconselho você a escolher aquela com quem mais se identifica. Tem de Audrey Hapburn, Greta Garbo e Elizabeth Taylor a Carmem Miranda. Afinal, somos todas mulheres-maravilha ou não somos?


Gostou? Então é só acessar um dos canais virtuais do Chá Com Camofas. Elas têm blog (www.chacomcamofas.blogspot.com), estão no Twitter e no Facebook, entre outras mídias eletrônicas.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Moda antiga, mas não antiquada


Tenho uma capa de chuva londrina, cáqui, bem compridona, que faz o maior sucesso toda vez que o tempo vira e eu tenho a oportunidade de tirá-la do armário. Da última vez que a usei, fiquei pensando onde poderia encontrar algo semelhante por aqui. Aproveitei uma folga numa sexta-feira e fui bater perna na Avenida Rio Branco (ai, que sensação maravilhosa bater perna numa sexta no meio da tarde!) para conferir o que ainda rola por lá em termos de lojas. Não achei capas de chuva, mas seguindo a orientação da minha amiga Fabíola Gerbase achei a Chapelaria Alberto, casa com 115 anos na Rua Miguel Couto 29 (esquina com a Buenos Aires).


Além de chapéus (há modelos femininos e masculinos para todos os gostos, do tradicional Panamá, o mais vendido, a boinas e modelos com cobertura para as orelhas, parecidos com o chapéu do Chaves), a Alberto (que nada tem a ver com a Alberto Gentleman, diga-se de passagem) vende itens que são superantigos, mas que ainda podem dar um toque todo especial a uma produção, bastando para isso ter bom gosto e personalidade. Refiro-me a suspensórios, bengalas, guardas-chuva e lenços de pano. Na minha bolsa nunca falta um lenço de pano, e é raro encontrar onde comprá-los.

O dono da chapelaria, Luis Eduardo Fadel, garante que o público nada tem de conservador. Segundo ele, muitos jovens procuram os chapéus, principalmente por conta da necessidade de proteger a pele do sol. Fora que um autêntico malandro com chapéu Panamá é um charme, né? Quem trabalha "na cidade", como diria a minha avó, pode (e deve!) aproveitar a hora do almoço e conferir.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Vestir-se brincando


Tenho 27 anos, mas ainda lembro muito bem: odiava ganhar roupas, e não brinquedos, nas ocasiões comemorativas. Passeando pela feira do Campo de São Bento, em Icaraí, no último fim de semana, chamou-me a atenção uma barraca muito colorida. O produto vendido eram camisetas infantis. Gente, uma graça as camisetas! Branquinhas, todas eram decoradas com desenhos bordados, muito vibrantes. E o mais legal: na maioria das camisetas, um brinquedo, que pode ser removido, fazia parte do motivo bordado! Na camiseta com o castelo da Rapunzel, por exemplo, os pequenos bonecos são fixados com botões de pressão, e quando retirados viram minifantoches de dedo. Eu adorei. Uma das mais legais era a que estampava uma favela, um desenho com um quê naïf genial. A dona da barraca, Rosana, me contou que esta estampa foi inspirada nos quadros de um artista que expõe na feira da General Osório, em Ipanema. Nas criações de Rosana, motivos populares como o circo, bonecos flamenguistas, botafoguenses, vascaínos e tricolores, todos com um chaveirinho de bola; e personagens famosos, como a Hello Kitty e os automóveis da animação "Carros". Fica então a minha dica de um presente lindo, criativo e barato para o Dia da Criança: cada camiseta custa só R$ 20. E vestem crianças a partir de 2 anos. Um achado, não é?