segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Repaginada




Comprei uma espadrile há um tempo e, quando minha mãe bateu os olhos nela, disse: "ué, tá de alpargata? Quando eu era criança comprava-se isso no armazém, e era sapato de gente pobre". Pois é, vivendo e aprendendo, descobri que o hit do verão já foi sapato de gente pobre... Pois repaginada e com nome mais interessante, a boa e velha alpargata mostra todo o seu charme em diversas versões: fechadinha, anabela, sapatilha... Para quem ainda não sabe do que falamos, a espadrile é aquele sapatinho cuja sola é feita de cânhamo ou juta. Olhe as fotos, o solado parece feito de corda. E o acabamento geralmente é de pano ou lona. "Ah sim", você deve estar pensando agora. A espadrile está dando as caras nas vitrines de muitas lojas nesta estação. Uma editora do Globo tem uma preta com caveirinhas brancas, feminina e rock´n´roll. Eu amei as da Richards, peep toe e de amarrar no tornozelo. Tem para todos os gostos. E combina com short, bermuda, vestido...




Mas descobri que é em São Paulo que muitas dessas lojas mandam fazer suas espadriles. A fábrica se chama Cervera Alpargateria (www.cervera.com.br) e foi fundada em 1954 pela família Iaconelli, que desejava reproduzir fielmente os calçados feitos na região de Cervera Del Rio Alhama – La Rioja, na Espanha, desde o século XIX.

O legal é que a Cervera também tem produção e algumas lojas próprias (três em São Paulo e uma em Recife). Ah, há também modelos masculinos, pares perfeitos para bermudas de linho ou de algodão. Super chique um passeio na praia assim. Todas as fotos deste post são de modelos da marca.





 
Então, corra para incluir a espadrile no seu armário antes que o verão acabe.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Vasculhando o armário da mamãe


Decidi fazer uma limpa no meu armário e descobri um sapato vermelho, do qual eu havia me esquecido completamente. Assim que meu marido o viu, perguntou: "Que sapato bonito é esse que eu nunca vi?". Respondi que ele era da minha mãe e que tinha exatos 21 anos. Pois é, leitores, assim como esse sapato vermelho, outras peças com mais de dez anos habitam o meu armário, a maioria furtada da minha mãe, na maior cara de pau, eu confesso. Moral da história: vasculhar o armário da mamãe (ou da vovó, como fez minha amiga Renata Leal) sempre pode render achados valiosos. Outra lição: pense duas vezes antes de se desfazer de uma peça que você julga estar fora de moda, pois ela pode voltar a ser útil em algum momento. E ainda: peças de boa qualidade muitas vezes são atemporais, e isso vale tanto para a moda quanto para decoração e qualquer outra coisa.


Os scarpins preto e caramelo, por exemplo, poderíamos jurar que acabei de comprá-los, tão atuais são. Já outras, como as carteiras, têm um ar mais datado. O segredo é combiná-las com visuais modernos, assim evitamos que fiquem com aquela cara de "direto do túnel do tempo".  A carteira vermelha não ficaria linda com um jeans bacana e uma camisa branca de botão?






O camisão branco da Elle et Lui, bem largão, ficou super legal com um cinto marcando a cintura (cinto fino, no meu caso, porque meu 1,59m de altura não me permite usar cintos largos. Proporção é sempre o ponto-chave de tudo!). E as casas coloridas dos botões são um charme e fazem o maior sucesso.




E a bolsa pequena marrom escuro, não é perfeita para jantar num restaurante depois do trabalho ou para um passeio no shopping no fim de semana? Ela tem apenas 15 anos!


Para finalizar, não posso deixar de fazer uma homenagem a minha mãe, Maria, que sempre foi uma mulher muito elegante. Há coisas que vêm de berço.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Charmoso, irresistível, indispensável


Estava em mais uma das minhas tentativas de não comprar mais nada durante um tempo. Bem determinada, desta vez. Fui passear em Icaraí, num sábado à tarde, e ao passar na Tavares de Macedo vi uma multimarcas de sapatos chamada Thulee que até então só havia no bairro do Ingá. Não podia deixar de entrar pra ver o que ela oferecia. Já sabia que entre as marcas vendidas estavam Schutz e Sarah Chofakian. Mas a boa surpresa foi saber que e loja também tem produção própria. Olha daqui, olha dali, vi o lindo sapato todo vazadinho. Um charme! Perguntei, era da marca Thulee. Falei ao marido: vou experimentar só pra ver se calça bem... Já era, pessoal. Não resisti ao impulso e levei, é claro. Principalmente porque os modelos, exclusivos, têm numeração limitada. Ou seja, dificilmente você vai encontrar alguém com uma peça igual à sua. Ou seja, se você não levar na hora dificilmente vai achar o objeto de desejo quando voltar à loja uns dias depois.



Não posso enganar a leitora, não foi dos sapatos mais baratos da minha vida. Mas outro argumento que pesa para chamar minha compra de necessidade, e não de consumismo, é que o sapato ainda tem uma sola de borracha antiderrapante e é muito confortável.



Já saí da loja obcecada por usá-lo com uma meia vermelha. Eu não tinha toda razão? Ficou lindo. E combina com calça, saia, vestido, macacão ou (quase) todas as peças que você quiser. Já em casa me lembrei da meia xadrez azul marinho e lilás. Foi ou não foi uma maravilhosa compra emocional?

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Qual mulher não ama bolsas?



O título deste post resume tudo: qual mulher não ama bolsas? Estava eu num belo sábado fazendo uma reportagem em São Conrado, na padaria Zero Zen (quem estiver de dieta não pare lá!). Fui entrevistar um simpático casal que tomava o café, eles toparam participar da matéria. Entrevista daqui, conversa dali, já ia me despedindo quando, já nem lembro por que, a moça, chamada Mariana, comentou que faz bolsas. Bolsas de pano e de materiais ecologicamente corretos, porque ela e o marido seguem toda uma filosofia de respeito à vida (ela é professora de ioga). Contei pra ela da minha predileção por moda e do Pano pra quê?. E pedi que ela me mandasse algumas fotos das bolsas. Fiquei enrolada, demorei a abrir meu e-mail, e quando abri estava lá o convite dela pra visualizar um álbum de fotos. Ai, que coisas mais fofas eu vi! Bolsas muito charmosas, de vários tamanhos e para várias ocasiões. Gostei muito da enfeitada com pérolas e com renda, tipo bolsa da vovó. E das coloridíssimas, feitas com chita. Nem vou falar mais nada, as fotos falam por si.



E para comprar, como fazemos? entramos em contato com ela pelo email mnmarx@gmail.com.




domingo, 18 de abril de 2010

Chique e sexy, mulher contemporânea



Há uns dois meses, se não me falha a memória, comentei com meu marido que tinha achado o vestido usado por Patricia Poeta no Fantástico bonito, porque era um vestido de festa, porém discreto. Modelo clássico com um ombro só, em cetim de seda num azul que ficava entre o marinho e o acinzentado, o tal vestido tinha dobraduras grandes no ombro. E de resto era todo liso, com um corte bastante sequinho. Poucos dias depois, uma assessora de imprensa conhecida me contou sobre a loja que tinha acabado de começar a atender, uma grife de Minas que tinha aberto uma loja e um showroom em Ipanema, e uma loja em Niterói. Curiosa,  fui à loja de Niterói conhecer. E qual não foi a minha surpresa ao ver, na vitrine, a foto de Patricia Poeta com o vestido que eu tinha gostado naquele domingo! Por esta felicíssima coincidência conheci a Skunk, marca no mercado desde 1979, que escolheu o Rio para se expandir.



Com a proposta de vestir a mulher contemporânea, independente e sexy (qual de nós não quer ser definida assim?),  a grife tem como carro-chefe os vestidos de festa, feitos especialmente para valorizar o delicado corpo feminino: decotes nas costas, comprimentos bem curtos ou longos e muitos detalhes, como bordados, babados, laços e recortes. Mas ao vasculhar as araras e folhear o catálogo da coleção de inverno, o que mais me agradou foram as saias (a lápis, é claro, não poderia faltar) e casacos, boas releituras com viés contemporâneo de modelos clássicos. Destaque especial para um versátil e lindo casaco em linha (ela é o must-have da estação!), preto e prata, inicialmente comprido, mas que pode ser "dobrado", virando uma casaqueto curto ou mesmo uma espécie de bolero. Muito chique, ele pode ser usado numa produção de festa ou mesmo no dia a dia, com tênis ou bota.



Falando em coleção de inverno, ela foi inspirada em Paris, como vocês já devem ter percebido pelas fotos do post. Trouxe influências dos anos 80, com ombros destacados, silhuetas volumosas e muito brilho. As peças em alfaiataria vêm fortes com blazers, terninhos, vestidos e trench-coats. Para conhecer mais sobre a marca e ver os endereços das lojas, basta acessar o site http://www.skunk.com.br/



quarta-feira, 24 de março de 2010

Rio-à-Porter, parte IV



Para a tristeza da maioria dos habitantes de lá, Minas Gerais não tem praia, como todos sabem. Mas tem moda praia! E moda praia com muita criatividade e qualidade. Falo da Fruto do Mar, grife de Divinópolis (um grande polo de moda do estado, por sinal) que tem apenas dois anos de existência, mas que já vem chamando a atenção de gente importante: a marca participou do Prêt-à-Porter, em Paris, e no último Minas Trend Preview foi selecionada pelo júri do evento para abrir os desfiles individuais. E, é claro, mostrou a que veio na Rio-à-Porter.

A coleção de inverno 2010 se chama Bon Voyage e foi inspirada em diários de viagens, novos destinos turísticos e fins de semana em resorts. Os biquínis e maiôs apresentam um mix de estampas inspiradas na tapeçaria e nos papéis de parede dos hotéis da Provence. A marca tem ainda outras peças, como vestidos e casacos, todos em tecidos mais densos, com cortes mais retos e formas amplas. Na cartela de cores, tons mais fechados, para combinar com o inverno.


Aliás, a parte de vestuário da Fruto do Mar, na minha opinião, dá um show à parte, não se restringindo a peças de saída de praia. Bolsas e acessórios também são cheios de charme, nessa coleção em tamanho máxi, principalmente nos colares. Como minha mãe é mineira, sinto-me muito honrada com a nova safra de talentos e me sinto no direito de brincar: os mineiros fazem e nós desfilamos aqui no litoral. A menos que a passarela seja... uma cachoeira!











Beijos a todos.

terça-feira, 16 de março de 2010

Rio-à-Porter, parte III


Abrir olhares é sempre importante, em qualquer área e situação. E abrir olhares remete à diversidade. Curtindo muito as infinitas possiblidades que a moda me apresenta, apresento a vocês a King55, grife de São Paulo que, num primeiro olhar (ó ele aí), poderia ser classificada como "moderninha". Não dá pra negar, a galera "moderninha" vai adorar as peças irreverentes e cheias de um quê todo rock'n'roll da marca (rock, aliás, é temática da nova coleção inverno 2010, lançada na última quinta-feira. Falamos dela daqui a pouco), com especial atenção para as camisetas masculinas. Mas... combinadas com peças, digamos, mais clássicas ou caretas, elas fazem um estilo charmoso e, na minha opinião, transgressor, justamente pela parceria de estilos opostos. Nada mais nada menos que o high-low (ou hi-lo), super badalado nas últimas estações, inclusive atualmente.
A nova coleção da King55, cujas fotos fresquinhas você vai conferindo aqui, se chama Wanted e tem como temática central os grandes rock stars. T-shirts estampadas frente e costas mostram ícones como Frank Sinatra, Sid Vicious, Elvis Presley e James Brown fichados como os tradicionais “procurados”. As cores são variadas, mas o curinga é o cinza-mescla.

Criações do estilista Amauri Caliman, os jeans vieram com muitas inovações de modelagens, lavagens tinturadas e marmorizadas em cores como vermelho, preto, turquesa e pink. Além da tradicional modelagem skinny, a marca procurou abrir o leque de opções com modelagens retas  e com o bom e velho blue jeans, desbotado e rasgado.



Na coleção feminina, a alfaiataria, eterna, dá o ar de sua graça, com destaque para a jaqueta Perfectto. O tradicional xadrez vem em cores fortes. E, para não fugir à proposta da marca, uma caveira prateada vem definir a linha classic-rocker.






Agora preciso de uma viagem urgente para São Paulo para visitar a loja-conceito da marca, na Vila Madalena.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Rio-à-Porter, parte II



Tenho um marido muito elegante (modéstia à parte!) e aprendo muito com ele sobre a moda masculina. Duas coisas que ele não dispensa jamais, seja lá qual for o estilo da roupa, são um bom corte e acabamento e um tecido de qualidade, especialmente em se tratando de algodão. De minha parte, observo sempre que as lojas masculinas se dividem entre dois estilos bem distintos: as moderninhas, com roupas mais casuais (muitas até tentam fazer linhas mais sociais, mas pecam nos quesitos citados anteriormente) e as genuinamente sociais, cujo máximo de modernidade costumam ser as camisas polo (agora sem acento, rs). E aí que nos corredores da Rio a Porter acho eu uma loja que se propõe a ser um meio termo entre essas duas vertentes. E o melhor de tudo: uma marca fresquinha, recém-inaugurada! É a Homem Social Club. O que me pareceu ela? Pareceu uma marca que quer atender ao homem jovem, mas não muito jovem, que já tem uma carreira bem sucedida e que precisa estar bem vestido, mas sem ser sisudo nem old fashioned. Trocando em miúdos, ele quer estar elegante, mas sem ficar com a cara do pai ou do avô! Como as mulheres ao fim do dia trocam a sandália baixa por um salto e estão prontas pra sair do escritório direto para a "balada" (como dizem as revistas de moda femininas, todas feitas em Sampa, é claro), o homem da Homem Social Club pode tirar o suéter, dobrar as mangas da camisa e não fará feio no encontro com os amigos. Eu gostei muito do que vi. E que vocês também podem ver nas fotos exclusivas do católogo de inverno da marca que o Pano pra quê? conseguiu. O site da HSC ainda não está no ar. Mas acredito que em breve não só ele, mas lojas da marca pipocarão por aí. Aí vou pedir pro marido fazer uma avaliação mais detalhada e conto pra vocês. Beijos a todos.