quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Básico que não faz feio

Tem coisa melhor do que botar uma camiseta naqueles dias em que você não tem vontade alguma de se arrumar? O melhor é que, se a camiseta em questão for bem cortada e estilosa e combinada com jeans, calçados e acessórios legais, a produção acaba ficando básica-chique. Aprovo e sou adepta! Atendendo aos pedidos dos homens leitores deste blog, que reclamavam da falta de posts com conteúdo para eles, apresento as camisetas da recém-inaugurada Área 21, dos publicitários André Carneiro, André Werneck, Fernando Bittencourt e Gustavo Casemiro de Abreu. Falei publicitários? Sim! Isso indica, como você já deve estar pensando, que as camisetas da Área 21 trazem mensagens super irreverentes e bem-humoradas, com um jeito de ser bem carioca. E o legal é que, além de peças para homens e mulheres, a grife também tem camisetas infantis.

No desenvolvimento da coleção, os sócios têm o cuidado de produzir peças com modelagens e pré-lavagens diferencia-das, que dão um caimento especial à roupa, deixando-a ainda mais macia e confortável. O design exclusivo das camisas foi desenvolvido por Rico Bittencourt, que já fez trabalhos para marcas como Osklen, Limits e Sandpiper.








Quem gostou pode ir à loja, que fica na Galeria River (Rua Francisco Otaviano, 67). As criações também podem ser encontradas em feiras de moda hype, como no Mercado Mistureba, que acontece nos primeiros sábados do mês, na Chopperia Brazzoka, na Lapa; e no Mistureba Bazar, realizada sempre nos primeiros e terceiros sábados, no Emporium, em Ipanema.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Bolsas, pra que as quero?


Mulher não vive sem bolsa, é fato. Mas algumas gostam mais (e dão mais importância) a este item do que outras. Melhor: algumas encaram a bolsa apenas como um objeto para carregar inúmeras coisas, e outras acham a bolsa parte fundamental de uma produção. Às vezes até a parte de mais destaque na produção. Faço parte do segundo time. Uma bolsa adequada faz toda a diferença. E não estamos falando cá de bolsa e sapato combinadinhos, essa regra, se é que um dia existiu, tá mais que demodé. Falamos de perceber o tipo de bolsa mais indicado para uma determinada roupa. Sempre respeitando o estilo da dona, é claro. Minha amiga Isabela Motta, por exemplo, adora uma carteirinha. E é incrível como acerta sempre! Eu, por minha vez, mãe que sou, aderi permanentemente às maxi bolsas. A cor de gelo da Via Mia é minha curinga, vai com tudo.


Em minha eterna busca por novidades, achei as bolsas da Maricotas, ateliê no Jardim Botânico comandado pelas irmãs Mírian e Márcia há quatro anos. A história da Maricotas começou quando as duas, ainda crianças, viam as avós fazendo tricô e crochê, costurando e bordando. Para aproveitar esse talento que foram descobrindo desde pequenas, elas decidiram criar bolsas. Começaram fazendo bolsas sociais para Carlos Tufvesson e não pararam mais. Hoje, a Maricotas investe principalmente em bolsas mais casuais, que mesclam tecidos importados a outros materiais como o couro sintético, fitas, pingentes... O resultado são peças exclusivas e lindas, como se vê nas fotos deste post. Para conhecer o ateliê, é preciso marcar hora pelos emails márcia@maricotas.com.br ou mirian@maricotas.com.br. Para facilitar ainda mais nossas atribuladas vidas, há também a opção de receber as duas em casa, elas levam as bolsas em domicílio para a cliente escolher. Tem coisa melhor? Para fechar este post, reproduzo a frase que norteia ou trabalho das irmãs Mírian e Márcia e que está nas tags das bolsas: "Vovó sempre dizia, saber não ocupa espaço". É frase para não esquecer, leitores.


terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quando o conceitual ganha forma


Para muitos, a palavra "conceitual" é tão abstrata quanto o sentido que ela carrega. Admito, é um pouco difícil de compreender, e muita gente emprega o conceito (olha ele aí!) indiscriminadamente. Na moda, o conceitual é aquilo que foge do lugar-comum, que traz consigo uma marca muito pessoal do seu criador e, principalmente, que permite a inclusão do caráter artístico, suplantando o caráter prático. Basta olhar os desfiles (que, segundo João Braga, um dos maiores estudiosos brasileiros da moda, não são de moda, mas sim de estilo) para compreender. Quem não é do meio olha torto e ri das roupas que jamais serão usadas no dia-a-dia. Pensando na figura do conceitual, entendemos que os desfiles são na verdade uma transmissão de ideias e de propostas, que mais tarde podem ou não se transformar em moda, ou seja, em roupas "de verdade", dependendo se atendem ou não o desejo do público. Uma das cenas que mais me chamaram atenção no blockbuster "O diabo veste Prada" é aquela em que Anne Hathaway (Andrea) ri de Meryl Strip (Miranda) quando ela fica em dúvida entre duas peças aparentemente de cores iguais. Miranda dá uma aula sobre como uma simples escolha de cor por um grande estilista vai influenciar toda a cadeia produtiva. O que era conceito na cabeça do estilista chega até o casaco da grande magazine que você está usando (foi o que Miranda disse a Andrea, em resumo).
Eu sei, estou prolixa hoje, mas é que venho estudando (e me interessando) pelo assunto e acho legal compartilhar. Na verdade estou filosofando sobre o conceitual para falar do designer de joias niteroiense Virgilio Bahde (não venham me chamar de provinciana, Niterói tem mesmo muitos talentos). Quando vi suas peças pela primeira vez vi ali um verdadeiro trabalho autoral, no sentido da originalidade. Conheço alguns jovens designers de joias, de muito talento, é preciso ressaltar, mas que ainda estão muito influenciados por seus mestres ou presos à estética que vem do lugar-comum e do comercial (tá bom, não se pode ignorar o lado comercial, mas não se pode ficar preso somente a ele). Vou repetir: os "não-introduzidos" podem achar diferente, estranho até. Isso até você ler o texto de apresentação do site de Virgilio Bahde (http://www.virgiliobahde.com.br/). Conhecendo suas propostas, fica fácil perceber o significado contido em cada peça.
Em sua última coleção (de arte-joalheria, como ele mesmo define), Bahde tratou de três temas essenciais: a delicadeza estelar da alma feminina, em que as peças contêm "pontos luminosos de uma constelação que emana no interior do objeto, numa quase escultura jóia"; o êxtase do poder, com seixos e lâminas trabalhados numa estrutura primitiva; e as fitas em metais, com as quais busca a expressão do fluir dos movimentos. Se a leitura for árida, basta olhar as joias de Bahde para entender o que o artista quer transmitir. E aqui neste post estão alguns de seus trabalhos, feitos em ouro, prata e couro.
O talento de Virgilio Bahde já foi percebido por gente de muito bom gosto: suas peças estão à venda exclusivamente na multimarcas Dona Coisa, que vende também criações de Lino Villaventura e Glória Coelho, entre outros estilistas de renome. Seu ateliê, sorte a minha, fica em Niterói.