sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Moda antiga, mas não antiquada


Tenho uma capa de chuva londrina, cáqui, bem compridona, que faz o maior sucesso toda vez que o tempo vira e eu tenho a oportunidade de tirá-la do armário. Da última vez que a usei, fiquei pensando onde poderia encontrar algo semelhante por aqui. Aproveitei uma folga numa sexta-feira e fui bater perna na Avenida Rio Branco (ai, que sensação maravilhosa bater perna numa sexta no meio da tarde!) para conferir o que ainda rola por lá em termos de lojas. Não achei capas de chuva, mas seguindo a orientação da minha amiga Fabíola Gerbase achei a Chapelaria Alberto, casa com 115 anos na Rua Miguel Couto 29 (esquina com a Buenos Aires).


Além de chapéus (há modelos femininos e masculinos para todos os gostos, do tradicional Panamá, o mais vendido, a boinas e modelos com cobertura para as orelhas, parecidos com o chapéu do Chaves), a Alberto (que nada tem a ver com a Alberto Gentleman, diga-se de passagem) vende itens que são superantigos, mas que ainda podem dar um toque todo especial a uma produção, bastando para isso ter bom gosto e personalidade. Refiro-me a suspensórios, bengalas, guardas-chuva e lenços de pano. Na minha bolsa nunca falta um lenço de pano, e é raro encontrar onde comprá-los.

O dono da chapelaria, Luis Eduardo Fadel, garante que o público nada tem de conservador. Segundo ele, muitos jovens procuram os chapéus, principalmente por conta da necessidade de proteger a pele do sol. Fora que um autêntico malandro com chapéu Panamá é um charme, né? Quem trabalha "na cidade", como diria a minha avó, pode (e deve!) aproveitar a hora do almoço e conferir.

Um comentário:

  1. Meus dois chapéus de lá - um meio verde militar, o outro xadrez - foram uma pechincha!

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